Segunda segunda de dezembro e Anaté Merger

Conheci a autora Anaté Merger há uns dois anos, quando uma crítica na Amazon sobre "O Conde de Letzburg" (o livro em destaque este mês) me levou até ela. Anaté é uma pessoa direta, com sangue brasileiro e jeito francês, sem papas na língua e com muita sinceridade. Toda vez que falo com ela, me pego analisando atentamente tudo o que diz - ponderando, concordando, discordando e, ao fim e ao cabo, pensando. É sempre inspirador e bastante provocador. Por conta disso, resolvi dedicar essa #SegundaSegunda a ela e agradecer a tudo que ela fez por mim, todo o apoio que dá à Literatura Nacional (com sua lista anual enorme de livros lidos) e a todas as vezes que me fez questionar. :)

O primeiro livro seu que li, "Theo e a Maldição das Cores", será lançado em físico pela Editora Portal no próximo ano. Voltado para o público juvenil, traz lições muito importantes neste enorme mundo de diferenças.

Abaixo, fiz algumas perguntinhas para conhecermos melhor a Anaté.





1 – Nome como autor: Anaté Merger

2 – Quantos livros publicados até hoje?
Cinco romances:
- Aliança de Maria Madalena,
- Poder da Estrela,
- Amor em Jogo,
- Théo e a Maldição das Cores,
- Luz e Sombra.
Cinco contos:
- O castelo,
- Para sempre,
- Ômega,
- Louis e Lorraine,
- O encontro.
Um guia: o Essencial da Provence.

3 – Muitos engavetados?
Tenho alguns projetos guardados, mas como o meu objetivo é lançar um livro por ano, deixo a história amadurecer o tempo que precisa antes de sair da gaveta.

4 – Qual predileto?
Difícil escolher. Para começar são temas e universos muito diferentes. Mas posso dizer que existe uma coisa em comum com a maioria: a magia e o sobrenatural. Vemos isso em Sagrados, Théo a Maldição das Cores e Luz e Sombra. Amor em Jogo é um romance contemporâneo com uma trama que em um primeiro olhar parece um simples triângulo amoroso. Apenas parece. ;-)

5 – Como surgem as ideias?
Sonhos, uma imagem que se une a outra, uma conversa...Comigo, já aconteceu das três maneiras. Tenho certeza de que as tramas podem surgir de muitas outras formas, é preciso apenas ter a mente aberta para aceitá-las e tempo para escrevê-las.

6 – Mesa: bagunça ou organização?
Um pouco dos dois. Depende do que faço no momento. Bagunça quando estou pesquisando alguma coisa, ordem quando estou com os dossiers da minha agência de viagens (Na Provence). De vez em quando arrumo tudo, o vazio me ajuda a reorganizar as ideias.

7 – Para escrever: várias notas ou planejamentos e tabelas?
Não, apenas três documentos básicos: um com os personagens, outro com pontos centrais da pesquisa e o mais importante deles que é o argumento.

8 – Ansiedade pré-publicação: como lida com ela?
Essa é sempre uma fase difícil e eu acho que vale para qualquer situação onde encontramos com o novo. Nos primeiros lançamentos, ficava muito ansiosa esperando o retorno, olhando todos os dias para ver se havia um novo comentário no Amazon. Hoje, estou bem mais tranquila com relação a isso. O fato de não estar no Brasil e não acompanhar o lançamento de perto talvez deixe a situação mais empírica. Acompanho de longe, torcendo para que os leitores possam desfrutar o momento com os meus personagens como eu desfrutei. Se isso acontecer, me sinto realizada.

9 – Escrever é...
Maravilhoso! Fiz isso durante 17 anos como jornalista, e hoje, com a ficção. Escrever me ajuda a concentrar, a controlar a ansiedade do dia a dia, a viver a vida de personagens diversos, bons e maus, poderosos ou não. É a vida dentro da vida e por isso, apesar do tempo restrito para a atividade, vou continuar me dedicando a ela, sempre.

10 – Ser escritora é...
Capturar sonhos, criar pessoas e situações, dar vida a heróis, fadas, ogros, homens e mulheres que são espelhos e ao mesmo tempo reflexos dos leitores. Ser escritora é ser uma ponte entre sentimentos, os meus transformados em palavras, misturadas à tinta e muitas vezes à lágrimas, até chegar no leitor que as vê não mais como sílabas e letras, mas como desejo, medo, ternura, ódio, amor...

11 – Crítica negativa: sempre construtiva?
Como disse, fui jornalista durante 17 anos. Nesse tempo, aprendi a receber críticas. Foram muitas dicas de como melhorar um texto para a TV ou jornal e só tenho a agradecer aos meus colegas por isso. Agora, o trabalho é outro. Escrever ficção é completamente diferente. Voltei a aprender e por isso toda crítica é bem-vinda. Um leitor pode gostar ou não dos meus livros e expressar isso das duas maneiras. Vou agradecê-lo por cada sugestão ou dica que possa melhorar o meu texto.

12 – Como é o apoio da família?
O meu pai leu todos os meus livros e deu algumas sugestões, a minha irmã foi beta em alguns deles. Eles acompanham de perto os lançamentos. Para a minha família francesa é mais complicado: eles não leem português, mas a minha sogra tem todos os meus livros em casa na estante da sala. J

13 – Profissão ou hobby?
Continuo sendo jornalista, ou seja, escrever sempre vai ser a minha profissão, mas como não ganho dinheiro com os livros, prefiro dizer que é um hobby delicioso para o qual sempre vou ter tempo.

14 – O que é literatura?
Vida, arte, emoções, tudo junto, fazendo o coração bater forte no ritmo do teclado.

15 – Qual o seu objetivo ao escrever?
Levar emoção ao leitor. Fazer com que ele seja aquele homem espetacular ou mulher poderosa, herói ou sereia, rico ou mago. Quero levá-lo para outras dimensões, além do tempo; fazê-lo conversar com anjos e ter medo de demônios; ver um príncipe vencer os seus medos e se tornar rei. Quero fazer o leitor chorar e rir, quero que os meus personagens estejam em seus sonhos.

16 – Em qual autor se inspira?
Li muito e tanta gente diferente que é muito difícil escolher um ou outro. Mas sempre tive um interesse maior por Kakfa, Doyle, Tolkien e Poe. Os nacionais foram muito presentes na minha infância e adolescência (Machado de Assis, Monteiro Lobato, etc.), e depois de um longo período – era praticamente impossível encontrar um livro de autor brasileiro por aqui - voltei a me aproximar dos autores nacionais  com a descoberta do Amazon.

17 – Planos e futuros lançamentos?
A minha meta é um livro por ano. O próximo é Quatro Cavaleiros, último livro da trilogia Sagrados em fase de revisão e diagramação). Tenho o argumento de uma distopia e um conto de época que está pronto, mas que ainda estou verificando a possibilidade de que vire um romance.

18 – Livros já publicados – nomes e links:
Amor em Jogo - https://amzn.to/2PrB3LL
Aliança de Maria Madalena - https://amzn.to/2EezpLx
Poder da Estrela - https://amzn.to/2Urt98R
Théo é a Maldição das Cores - https://amzn.to/2EbSAp3
Luz e Sombra - https://amzn.to/2EezCyj

Aproveito para agradecer esse espaço. Cada minuto que posso conversar com os meus leitores é precioso e por isso fico à disposição. Um abraço! 

Vale a pena conhecer o trabalho da romancista nacional mais internacional que eu conheço. Além de todo o talento, pesquisa e dedicação, as capas de Anaté são maravilhosas.




Namastê, pessoal!

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