Tartaruga

E, porque pôde ser ele mesmo...




... a conquistou.

Alguma vez, você já parou para pensar que aplicamos muito esforço na conquista? Nos tornamos, muitas vezes, aquilo que o outro espera de nós, o que o outro quer que sejamos, e esquecemos de que precisamos ser nós mesmos. Esta máscara multicolorida que criamos não se sustentará.

Eu li, há alguns dias, um depoimento de um rapaz que pensa em se matar. Ele odeia com todas as forças a pessoa que é, o que faz, o que diz e todo o resto. Não sou psicóloga, mas queria poder dizer muita coisa a ele - e, mais do que isso, queria que as minhas palavras tivessem força o suficiente para entrar na cabeça dele e mudar isso que ele sente.

Eu não sei, é bem verdade, se esse ódio dele é verdadeiro ou apenas um truque do próprio cérebro de alguém deprimido. Li, também, que a depressão será causa de 20% dos afastamentos laborais em pouco tempo - e imagino que já deva ser, sem que os diagnósticos sejam efetivamente dados.

Depressão é uma doença e a obviedade dessa constatação ajuda muito no reconhecimento do estado de "dor". Sim, a pessoa sente dor no órgão mais importante de todos - o cérebro. Ele, então, comanda tudo, manda ordens para todos os outros complexos sistemas do corpo humano. Por que, então, damos tão pouco valor à depressão?

Juliette, a personagem atormentada de "A Casa das Senhoras Distintas", possui traços desta doença, que na época era conhecida como melancolia. Não é tristeza, nem mesmo tristeza profunda. O buraco é muito mais embaixo.

Não basta animar o deprimido. É preciso toda uma mudança na vida dele.

Eu queria poder falar com aquele rapaz. Queria dizer a ele que tudo passa, até mesmo a turbulência do avião. Queria dizer que ele deve procurar ajuda médica e que esta ajuda pode, ou não, receitar remédios. Queria dizer que ele não se odeia na verdade, mas está adoecido e este estado é temporário, se ele se cuidar. Queria dizer que ele é amado exatamente do jeito que é. Queria dizer para ele não se importar com o que os outros dizem, para procurar algo que dê prazer e faça circular os hormônios que faltam em seu corpo.

Conversar... Queria apenas ser uma amiga para ele, ouvir a opinião dele sobre assuntos que tivermos em comum, pedir para me ensinar alguma coisa e mostrar a importância dele no mundo.

Vamos distribuir paz e carisma. Vamos rechear o mundo de sentimentos de empatia e compreensão.

Se você está passando por um momento complicado, se vive uma dificuldade e pensa em coisas negativas, me escreve (lis.wey@mail.com) e vem ser meu "amigo secreto". Vou manter sigilo do nosso papo, tentar te ajudar e receber ajuda também.

Namastê, pessoal.






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