Pop Boom

Era uma vez uma menina...
Não, ela não era princesa nem rainha. Isso seria muito simples.
Se passasse por ela na rua, talvez nem a percebêssemos. 
Todo dia cruzamos com pessoas que nem reparamos.
Essa menina, entretanto, vive uma luta
 Portadora de uma grave doença, ir aos hospitais não a surpreendia mais.
Por conta dos remédios, perdeu o cabelo, se sentiu fraca, triste, feia.
Certo dia foi a um parque de diversões.
A um parque de diversões.
Andando por lá, reparou que alguém a filmava e ria. 
Ela não entendia o que ele falava, mas sabia - sempre sabemos - que estava rindo dela.
Dela.
E por quê?, ela deve ter pensado.
 Porque eu estou com comida no dente?
Porque minha roupa está suja?
Porque eu pisei em um chiclete? 

Porque eu sou feia?

Porque eu perdi o cabelo?

...

O que essa menina não sabe é que a pessoa que ria dela - e ria sozinho, porque ela mesma não estava entendendo a graça -  é alguém que também padece de uma doença.
Ele é carente dos instintos humanos básicos.
Falta-lhe empatia,
respeito,
compaixão,
gentileza,
cordialidade e,
principalmente,
a noção de que rir do outro é zero engraçada e cem porcento desumana.

Para essa menina, de quem não sei  o nome e a quem provavelmente nunca encontrarei,
para todas as meninas e meninos que passam por provações semelhantes,
para todo mundo que sofre com o preconceito e a desumanidade do outro,
eu queria dizer que, na vida, encontramos pessoas ruins o tempo todo.
Não seja uma princesa, que depende do príncipe. 
Continue sendo forte e corajosa.
Chore quando sentir dor.
Sorria quando estiver feliz.
Se alguém lhe fizer mal, respire fundo.
Lembre-se que doença, de verdade, é a desumanidade. Isso é incurável.
Para todos os degraus da sua vida, desejo que você suba de cabeça erguida.





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