Anaïs Nain

 Anaïs Nin (1903 - 1977) foi uma autora francesa, filha do compositor Joaquin Nin e de Rosa Culmell y Vigaraud, que casou contra a vontade do pai diplomata. Vivendo entre artistas, seus dias eram repletos de teatro, dança, música, poesia, leituras. 

 
Aos 11 anos, seu pai abandonou a família e sua mãe decidiu ir morar nos Estados Unidos na intenção de dar uma educação mais ‘real’ para seus filhos. Na viagem de navio até lá, que durou cerca de um mês, Anaïs deu início ao famoso diário, que escreveu até a morte aos 73 anos. Foram mais de 35 mil páginas.
 
Aos 16 anos, Anaïs abandonou os estudos e se tornou autodidata. 
 
Aos 20 anos, casou-se e foi morar em Louveciennes, onde aprofundou suas leituras.
 
Aos 29 anos, escreveu um livro baseado no universo literário de D. H. Lawrence. Apresentada a Henry Miller pelo marido, se apaixonou pelo escritor,  por sua instintividade, prazer pela vida, absorção do mundo, e se encantou com June (esposa de Henry), na qual se espelha para descobrir em si mesma sua força feminina. 
 
Se torna amiga, apoiadora e até amante de personalidades de sua época, descobrindo a psicanálise através de René Allendy e aprofundando-se com Otto Rank. De paciente, se tornou pesquisadora de ambos, com os quais se envolveu em diferentes momentos. Otto, com quem Anaïs descobriu profunda afinidade de mentes, a ajudou a encarar um de seus maiores traumas - as traições e abandono por parte de seu pai. 

Com a Segunda Guerra Mundial, Anaïs mudou-se para os Estados Unidos e publica, pela primeira vez, um de seus diários em 1966 e, o que parecia ser uma jornada solitária, encontrou eco no Movimento Feminista em ascenção. Então, Anaïs foi convidada a palestrar para mulheres, escrever em revistas importantes, a discursar em Universidades, em centros de psicanálise, a dar entrevistas e a gravar programas com sua história.

Seu Diário é considerado um dos documentos de maior importância literária, psicanalítica e antropológica do século XX. Ele mostra, intimamente, o amadurecimento emocional de uma mulher ocidental que vive seus anseios e luta por sua emancipação, na Paris e Nova York de, entre e durante, as grandes guerras.Os seus romances e narrativas, impregnados de conteúdo erótico foram profundamente influenciados pela obra de James Joyce e pela psicanálise. Dentre suas obras, destaca-se "Delta de Vênus" (1977), traduzido para todas as línguas ocidentais, aclamado pela crítica americana e europeia.

Anaïs foi interpretada por Maria de Medeiros no filme "Henry & June", de 1990.
 
(Informações extraídas do site https://pt.wikipedia.org/wiki/Ana%C3%AFs_Nin)

 
Suas obras incluem Vénus érotica (1977),  Henry et June (1986), Journal de l´amour (publicado em 2003  partir de escritos de 1932 a 1939, sem expurgos) dentre muitos outros.


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