Novela


O vocábulo novela designa uma forma literária ainda à espera de plena configuração, em grande parte devido ao critério que continua a ser empregado por alguns estudiosos, que no geral adotam uma distinção baseada no número de páginas ou palavras (de 100 a 200 páginas, mais de 20 mil palavras, meio caminho entre conto e romance).

O aparecimento da novela deu-se na Idade Média em consequência da prosificação das canções de gesta. A primeira manifestação do gênero são as novelas cavalaria (até Dom Quixote, do século XVII, é uma novela de cavalaria).

Com o Romantismo, a novela tornou-se um dos entretenimentos mais caros à Burguesia, preenchendo-lhe a imaginação e as lacunas do ócio. Assim se explica a voga das narrativas em folhetins, que cruzou o século XIX.

Entre nós, podemos citar Lucas José de Alvarenga, Justiniano José da Rocha, Joaquim Norberto de Sousa e Silva e outros. No século XX, a novela continuou presente com Jorge Amado, José Lins do Rego, Erico Veríssimo e outros.

Do prisma da estrutura, a novela apresenta um quadro típico, a começar da ação: essencialmente multívoca, polivalente, ostenta pluralidade dramática. Constitui-se de uma série de unidades ou células dramáticas encadeadas, com início, meio e fim. De onde parecer uma fieira de contos enlaçados. Todavia, cada unidade não é autônoma: a sua fisionomia própria resulta de participar de um conjunto.

À pluralidade dramática segue-se outra característica distintiva da novela: a sucessividade. As células dramáticas dispõem-se linearmente, uma após outra. A novela forma-se, portanto, da agregação de unidades dramáticas permanentemente abertas.

O tempo da narrativa acompanha essa estrutura linear: não havendo restrição cronológica, o novelista pode fazer uso arbitrário do tempo da ação.

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