Diário da Lis

 


Eu adoro seriados, especialmente de época e inspirados em personalidades reais. Ultimamente, tenho assistido Isabel, na Amazon Prime, sobre a história da rainha Isabel de Aragão e Castela. É uma série dramática espanhola - a minha primeira nesse idioma - e estou surpresa com a qualidade. É claro que ainda não terminei a primeira temporada. Ainda assim, estou gostando.

Mas quem foi Isabel I de Castela?

Nascida em 1451, foi apelidada de Isabel, a católica, e lutou para ver reconhecido seu direito ao trono de Castela. Isabel reorganizou o sistema de governo e de administração, centralizando competências ostentadas anteriormente pelos nobres, reformou o sistema de segurança dos cidadãos de tal forma que a taxa de criminalidade desceu drasticamente e levou a cabo uma reforma económica para reduzir a divida que o reino tinha herdado do seu meio-irmão e predecessor no trono, Henrique IV. 


As reformas que realizou com o marido tiveram grande influência mesmo fora das fronteiras dos seus reinos. Eles foram foram reconhecidos pela Santa Sé como defensores da fé e receberam o título de Reis Católicos e foi uma das grandes responsáveis pelas viagens de Cristóvão Colombo. 

Recomendo o livro, 1494 de Stephen Bown, que conta esse pedaço (https://amzn.to/3lg8T79):

"A história ensina que o descobrimento da América por Colombo, em 1492, trouxe à tona uma questão delicada. A expedição do navegador genovês havia sido financiada por dois diferentes patronos, com longo histórico de antipatia mútua: de um lado, o rei português Dom João II; de outro, os reis Fernando e Isabel de Castela e Aragão. Qual dos dois reinos teria primazia sobre os mares e terras recém-descobertos?
Em 1494 - Como uma briga de família na Espanha Medieval dividiu o mundo ao meio, o autor canadense Stephen R. Bown conta as tramas paralelas que se enredaram para formar a grande história do Tratado de Tordesilhas, documento que dividiu o mundo ao meio e transformou os oceanos em campo de batalha entre várias nações europeias. Uma história em que o xadrez político é jogado lance a lance por personagens movidos por poderosas motivações: da obstinada Isabel, tornada rainha graças a sua luta particular pelo direito de escolher o próprio marido, ao arrogante e ganancioso Colombo em sua busca pela glória nos mares. Sem deixar de mencionar o brilho intelectual de Hugo Grotius, teórico jurídico holandês que no século XVII fixou a ideia de "Mare Libertum", desencadeando um novo entendimento sobre a exploração dos oceanos, que resultaria na legislação marítima internacional atualmente em vigor.
Coube ao papa Alexandre VI – Rodrigo Bórgia, amigo do rei Fernando II de Aragão – resolver o impasse entre Espanha e Portugal ao emitir a bula papal Inter Caetera, que estabeleceu as bases para o Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494. O decreto proclamava a criação de uma linha imaginária no Oceano Atlântico, de polo a polo do globo terrestre, repartindo todo o mundo conhecido (e também o desconhecido) entre os dois países.
Considerado um dos maiores acordos diplomáticos e políticos de todos os tempos, o tratado e suas consequências abriram caminho para o surgimento do conceito moderno de liberdade dos mares – o uso desimpedido das vias aquáticas do mundo para comércio e viagens. Recheado de informação histórica, 1494 mescla relatos de época com detalhes que contribuem para resgatar os ambientes da época. Mérito do escritor Stephen R. Bown, especializado em livros históricos, sobretudo enfocando grandes exploradores e história da ciência."

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