Uma dama nada convencional
Os movimentos feministas, que tiveram seus embriões mais evidentes no final do século XVIII (Mary Wollstonecraft, de quem já falei, a mãe de Mary Shelley é um exemplo disso), lutaram bastante para reforçar a necessidade de as mulheres terem papéis conforme suas capacidades e não seus sexos. Eu não dispenso a contribuição das incontáveis forças femininas da história (toda quinta-feira, uma delas tem voz nesse blog), mas vejo a materialidade da luta formar-se naquele período iluminista.
Os diferentes movimentos reforçaram a competência feminina em toda e qualquer área em que decidissem atuar. Reforçaram, cada um a seu modo, uma força inconfundível, que não deve impor atuações tanto quanto decisões.
Marcelle é, de longe, a minha personagem mais feminista dentro dos romances de época. Ela decidiu, agiu, se colocou, se mostrou livre - dentro de suas possibilidades como filha de um duque no século XIX - e quis não só a igualdade de sexos como a igualdade de classes dentro dos muros da sua Casa.
As máscaras da Casa das Senhoras Distintas não perseguem a liberdade sexual tanto quanto a liberdade pessoal. Por isso, não é um livro hot. Nisso, não se iguala a todos que tem a mesma proposta-base (uma casa de diversões para mulheres).
Sendo assim, mostrando a irrepreensibilidade da dama, Marcelle mostra a sensibilidade da mulher. Uma mulher que enxergou o mundo de uma forma pouco convencional.
Descubra essa história.
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