Nísia Flores
Nísia Floresta Brasileira Augusta é o pseudônimo de Dionísia Gonçalves Pinto, nascida em 1810 no Rio Grande do Norte e falecida em 1885, em Rouen, na França.
Ela foi um educadora, tradutora, escritora e poetisa. É considerada a primeira feminista brasileira e possivelmente a primeira no século XIX a romper as fronteiras público-privadas, publicando seus trabalhos em jornais quando a imprensa local estava apenas começando. Coordenou uma escola para meninas no Rio de Janeiro e escreveu um livro em defesa dos direitos das mulheres, indígenas e escravas.
Com seu pseudônimo, escreveu, ensinou e viveu. Cada componente do nome foi intencional e significativo. 'Floresta' em homenagem às terras dos pais onde nasceu, 'Brasileira' como declaração patriótica ao Brasil recém-independente e 'Augusta' em homenagem ao seu falecido marido, Manuel Augusto de Faria Rocha.
Ela casou-se com 13, mas logo voltou para a família. Cinco anos depois, seu pai foi assassinado e, no mesmo ano, casou com Manuel, com quem teve dois filhos. O marido morreu sete meses após o nascimento do segundo filho e, então, ela se tornou professora. Floresta publicou seu primeiro trabalho em 1832 e logo depois mudou-se para Porto Alegre. Em 1837, fundou a escola para meninas do Colégio Augusto, onde trabalhou por mais de 10 anos.
Seu primeiro livro, Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens é considerado pioneiro no Brasill sobre os direitos da mulher. Inspirado na obra de Mary Wollstonecraft, Nísia não apenas traduziu como apresentou suas próprias reflexões sobre a sociedade brasileira, então conservadora.
Seu trabalho pode ser encontrado em Domínio Público, como também em inúmeros ensaios a seu respeito.
Conheça um pouco mais do trabalho dela em Cintilações de uma alma brasileira
