O cavalo de Poli

 



O mar não estava calmo naquela manhã, assim como o coração de Fernando. Seus homens seguiam carregando o navio para mais uma viagem enquanto ele comia um prato de sopa na cabine.
Havia poucos dias desde que desembarcara naquele lugar quente e a umidade fazia a roupa colar no seu corpo.
Fernando sentia falta do mar, do vento e das tempestades, que traziam o perigo em ondas altas e a aventura no horizonte desconhecido.
O  burburinho dos homens cessou e Fernando parou com a colher a meio caminho da boca. Então, ouviu o som inconfundível de um casco de cavalo.
 --- É uma dama, capitão --- disse um dos seus homens, aparecendo à frente da porta. --- Está se aproximando à cavalo.
Fernando não disse nada; apenas se levantou e subiu, aparecendo no convés com as mangas arregaçadas e a camisa entreaberta. Os cabelos longos e soltos caíam pelos ombros e os olhos pretos buscaram a estranha que se aproximava.
--- Eu quero falar com o capitão.
Um calafrio subiu pela espinha de Fernando. O rosto era familiar, mas a voz era diferente.
O perigo, ao que parece, veio a cavalo.

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