Cabine abafada


Ela lembrava dele. Seu corpo lembrava do corpo dele. Como isso era possível, depois de tanto tempo?

Fernando estava mais forte e seu beijo, era mais intenso. Ele a pressionou contra a porta, segurando os braços de Poli para o alto, e enfiou a língua entre os dentes dela. Sua ereção a pressionava no centro e Poli gemeu contra os lábios dele, despertando-o do feitiço. Ele se afastou, arfando, com os dentes trincados e os olhos queimando nos dela. Não foi difícil notar que lutava contra si mesmo, urgindo para que ela o pedisse para continuar. Poli espalmou as mãos no peito de Fernando, e tentou empurrá-lo, mas o pirata mal deu um passo para trás.

Ficaram um tempo se encarando, conversando em silêncio. Poli tentou fazer cara de má, mas Fernando sorriu. Maldição, ela cedeu. E como não cederia, se o seu próprio corpo queimava toda noite pensando nele?

Ele perguntara pelo seu marido. Mas não pareceu realmente se importar com a resposta.

Poli agarrou os braços de Fernando e o puxou. Depois, como se o seu corpo lembrasse exatamente do que fazer com o dele, enroscou as pernas na cintura de Fernando, que a segurou pelas coxas e a levou até a mesa.

Sentando-a no tampo, o pirata desceu os lábios para o colo farto e puxou o vestido para baixo, rasgando-o com um sorriso feroz.

Ela estava trôpega, embriagada. Ele cheirava a suor, virilidade, masculinidade, perfume... No fundo, entretanto, cheirava a Fernando, o mesmo cheiro que a excitava mais do que qualquer outro. Sim, ela estava pronta para recebê-lo e Fernando não demoraria a perceber.

Poli deixou o corpo cair para trás e ele abocanhou o seu mamilo, puxando-o entre os dentes, enquanto sua mão enchia-se com o volume do outro seio dela. Poli gemeu, percebendo que precisava daquilo.

Sem afastar a boca do bico túrgido, Fernando levantou a saia dela e puxou a combinação de baixo, que se rasgou com a facilidade. Finalmente ele a encarou e sorriu, sedutor, vitorioso e bastante excitado. As mãos de Fernando subiram pelas coxas de Poli e eles se encararam, em constante desafio, enquanto ele deslizava um dedo para dentro da umidade de Poli. Fernando rosnou de satisfação. Outro dedo não demorou a encontrar o primeiro e, então, foi como se todos trabalhassem em conjunto para fazê-la atingir o ápice.

Ela poderia até achar que ele estava sob comando das próprias ações, mas suas pupilas dilatadas eram a prova de que ela conseguia fazer com ele a mesma coisa que ele estava fazendo com ela. Assim, Poli não se intimidou. Arqueando uma sobrancelha, abriu as calças de Fernando e puxou o membro rígido para fora e deslizando o dedo pela cabeça em círculos lentos, espalhando a umidade. Ele jogou a cabeça para trás e projetou os quadris para frente, implorando para que ela não parasse - para que ela fosse além.

Os dois gemiam, aproveitando a estimulação que faziam um no outro. Quando estavam prestes a explodir, ele afastou a mão de Poli e substituiu os dedos por seu membro, enfiando com força. Suas mãos, então, a puxaram pelos quadris enquanto as estocadas ficavam mais frenéticas. Com os olhos fixos um no outro, sentiam como se a raiva ainda estivesse ali, alimentando o desejo e a fome que sentiam um pelo outro.

Fernando enterrou a cabeça no pescoço de Poli e mordeu levemente, quase como se quisesse amplificar o prazer pela dor suave. Depois, subiu um rastro de beijos e mordidas até a orelha dela, e sugou o lóbulo. Os seios de Poli rasparam em seu colete de couro, eriçando-se com o contato macio. Os braços dela desceram pelas costas de Fernando, tentando fazê-lo se aproximar ainda mais. O vai e vem foi intenso e não demorou para que alcançassem o clímax. entre gemidos altos e gritos de libertação.

Arfando, Fernando demorou a se afastar. Quando enfim o fez, sorriu.

--- Isso foi... interessante. Me pergunto o que seu marido irá dizer quando sentir meu cheiro em você.

--- Meu marido está morto, Fernando. Eu o matei.

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